domingo, 11 de junho de 2017

A menina moça que traz cada desafio como um aprendizado...

     
     Liliane Janaina da Cruz, 23 anos. Nascida em Capão Bonito, cidade pequena que apesar de estar no interior de São Paulo, é mais Paraná do que São Paulo. Aos três anos se mudou com a família para Tatuí-SP onde mora até hoje.
      Ao ser questiona ela conta que: “Comecei a desenhar muito cedo, tenho algumas memórias de meu avô me mostrando como desenhar, mas na verdade ele me ensinou muito mais, ensinou a observar o mundo que me cercava. Como nasci em uma zona rural vivia com muitas paisagens que podia ficar horas olhando e imaginando, o desenho veio como modo de expressar minhas vivências e tudo que me rodeava desde a infância”. Desde criança, Jane como é chamada por amigos, sempre estava desenhando em algum caderno, influenciada por tudo que conhecia e vivia. Com 16 anos resolveu fazer o primeiro curso com uma professora de Tatuí, Terezinha Pinto. “Meu intuito era desenhar melhor, mas acabei me apaixonando por pintura em tela”.
      Porém “Quando estava terminando o ensino médio me vi um pouco longe das artes, resolvi adiar os planos de fazer uma faculdade por diversos motivos, principalmente por autonomia, e neste período não tinham faculdades boas de artes perto da minha cidade”. Jane conta que apesar de não ter continuado nos estudos, essa fase de sua vida foi de muito amadurecimento, pois trabalhando com algo que não gostava de verdade, não colocava sua alma no que fazia e nem podia, já que trabalhava em uma empresa onde tudo seguia um padrão. Em 2014 deixou a empresa onde trabalhava e se dedicou a continuar a fazer trabalhos artísticos como pinturas e desenhos, procurou aprender técnicas novas e matérias, estudando em seu tempo livre, durante esse período também se dedicou a experimentar outras formas de suporte para sua arte como a fotografia e tatuagem.
        Não demorou muito a voltar com os sonhos de criança, entrando para o Ceunsp em 2016 no curso de Artes Visuais, participou do coletivo Balaio de Gato, onde expôs uma de suas obras para a exposição “HIPERINDIVIDUALISMO”.
“A Balaio foi um divisor de águas a respeito de amadurecimento artístico e de convívio, trabalhar em grupo, lidar com ideias e opiniões. Conheci pessoas incríveis, com diferentes gostos e opiniões e muito talento. O tema do ano passado foi algo que me causou uma auto reflexão muito grande sobre pessoas e relações, meu trabalho amadureceu mais depois que entrei para a faculdade e para a Balaio, aprendi a importância e o peso que uma obra de arte pode ter na vida das pessoas, desde a apreciação até influência, quando trazemos uma mensagem com ela.”
      Agora Jane está cursando o terceiro semestre de Artes visuais e termina dizendo:
“A vida sempre foi minha melhor professora, me ensinou que a arte tem esse poder de refletir tudo o que percebemos do mundo e exprimir e externar, acredito que a maior inspiração para o meu trabalho hoje são as pessoas e as emoções, esse é o principal suporte que trago comigo independente de material ou técnica que eu consiga utilizar. O amor pela arte me permitiu ter sonhos, ideais e é com ela que eu sempre contei nos momentos bons ou ruins da vida.”

          Essa é minha deixa para mostrar a vocês alguns exemplares originais de seu trabalho:




Nome da obra: Tatuí, em aquarela sob canson a3:

 Nome da obra: Cores, em tinta óleo sob papel a3:

  Nome da obra: Girl Blue, em aquarela e nanquim sob canson a3:


Nome da obra: Memórias, em aquarela e nanquim sob papel a4:

  A sua primeira exposição foi em junho do ano passado com esta obra:
  Rebanho de consumo, 60/90 técnica mista. Obra feita para exposição hiperindividualismo do coletivo Balaio de Gato da Fcad, para Intercom 2016 de Salto:





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